terça-feira, 17 de agosto de 2021

Operação encontra R$ 250 mil na casa de secretário preso no Rio de Janeiro e mira corrupção, diz POLÍCIA FEDERAL.


Investigação diz que Raphael Montenegro, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), se encontrou com Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, e negociou 'trégua' com a facção.

IMAGEM NA MATÉRIA: Entrevista coletiva sobre prisão de secretário de administração penitenciária do RJ

O secretário de administração penitenciária do Rio, Raphael Montenegro, foi preso nesta terça-feira (17/08/2021). A operação apura a negociação de acordos entre a cúpula da Seap e a facção criminosa Comando Vermelho (CV), com suspeita de corrupção.

Na casa de Montenegro, segundo a Polícia Federal, foram encontrados R$ 250 mil. A informação foi revelada em entrevista coletiva realizada pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

Os atos ilegais, segundo os investigadores, ocorreram por meio de solturas irregulares de bandidos e de entrevistas de servidores com criminosos — inclusive Marcinho VP, um dos líderes da facção. As cúpulas da Seap e do CV teriam negociado uma "trégua" (entenda abaixo).

“Com o cumprimento do mandado de busca hoje é que vai se aprofundar (se houve vantagem indevida), inclusive para saber se houve vantagem pecuniária. Foi encontrada na casa do principal alvo uma grande quantidade de dinheiro. Há fortes indícios de manipulação", afirma o superintendente da Polícia Federal, Tacio Muzzi.

Foram presos ainda dois servidores da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap): Wellington Nunes da Silva, superintendente operacional, e Sandro Faria Gimenes, coordenador. A prisão do trio é temporária, com prazo de cinco dias.

A trégua, segundo a investigação

  • Raphael Montenegro vai ao presídio federal em Catanduvas
  • Ele se encontra com os presos para firmar um acordo
  • Secretário diz que vai ajudar no retorno de criminosos a presídios do Rio
  • Das cadeias cariocas, presos têm mais facilidade para comandar atividades ilícitas
  • Em troca, chefes da quadrilha dão trégua em algumas das atividades criminosas
  • Resultado, diz a investigação, é uma falsa sensação de tranquilidade social à sociedade
  • Paralelamente, Polícia Federal apura indícios de corrupção

Visitas a chefes do CV

Durante a investigação, chamaram a atenção da PF as visitas que Montenegro fez a chefes do Comando Vermelho encarcerados no Paraná.

O nome da operação, Simonia, faz referência a uma prática medieval em que detentores de cargos trocavam benefícios ilegítimos por vantagens espúrias. A força-tarefa também contou com o Ministério Público Federal (MPF) e o Departamento Penitenciário Federal (Depen).

Montenegro foi nomeado secretário no fim de janeiro por Castro, à época ainda governador em exercício, em substituição a Marco Aurélio Santos. A exoneração foi publicada nesta terça.

O governador nomeou para a Seap o delegado da PF Victor Hugo Poubel.

Soltura de Abelha

Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, é o “presidente do Comando Vermelho” nas cadeias do Rio. Ele faz parte do conselho que decide tudo que acontece na facção.

Em 2020, Abelha, já encarcerado, foi apontado como um dos mandantes da invasão ao Complexo de São Carlos. Mesmo com um mandado de prisão expedido à época, Abelha permaneceu no regime semiaberto — quando deveria ser transferido para uma prisão mais rígida.

No dia 14 de julho deste ano, o juiz Alexandre Abrahão, do 3º Tribunal do Júri, decretou uma nova prisão do traficante, pela morte de Ana Cristina Silva, de 26 anos.

Apesar disso, a Seap seguiu com os trâmites para libertá-lo. No dia 26, quando o sistema acusava essa e outras pendências, a secretaria consultou a Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) sobre a soltura. Às 20h57, a especializada respondeu que havia aquele mandado de prisão e que, portanto, Abelha não deveria ser solto.

A defesa de Abelha, no entanto, apostou na estratégia de enganar a Justiça. Advogados foram ao Plantão Judiciário alegando que só havia um mandado de prisão, já recolhido, mas a juíza de plantão negou a soltura.

Mesmo assim, no dia 27, por volta das 8h, a Seap acabou soltando Abelha.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Heliel Martins, as provas vão muito além das conversas com lideranças do Comando Vermelho. O delegado citou a liberação de “Abelha”.

“Além das conversas, as ações foram sucessivas. Não se resumiram a essa negociação abstrata; se concretizou em pareceres, em atos. O terceiro passo foi o mais grave, a liberação inidônea de um preso que tinha outros motivos para continuar custodiado. As provas vão bastante além de uma mera conversa. O conteúdo da tratativa por si só fere alguns princípios da administração pública”.

Houve conversas registradas com vários líderes do Comando Vermelho:

Marcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Fabiano Atanazio da Silva, o FB, Cláudio José de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira, Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, entre outros.

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