Os consumidores residenciais do Rio nem
pagaram ainda o reajuste anual da Light — que será aplicado em novembro deste
ano e poderá chegar a 15%, segundo consultores — e um novo aumento de pelo
menos 8% já foi anunciado para 2016. Isso porque a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) concordou em transferir a todo o sistema elétrico os valores
que as indústrias deixarão de pagar em 2015 pela compra de energia mais cara,
devido a uma liminar judicial.
Light e Ampla, que têm muitas indústrias em suas regiões,
estariam entre as cinco empresas do país com o maior impacto para consumidores
residenciais. Por isso, o primeiro aumento de 2016 desses clientes ficaria mais
próximo do limite de 8% previsto pela Aneel. Em outros estados, o índice poderá
ser menor.
Como as distribuidoras só poderão repassar os custos no
ano que vem, o aumento aos consumidores ainda será somado aos reajustes da
Ampla, que será aplicado em março, e da Light, em novembro de 2016.
A liminar que permitirá o repasse de até 8% foi obtida pela Associação Brasileira dos Consumidores de Energia (Abrace) para que as distribuidoras filiadas não pagassem parte da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um componente das tarifas que consideram indevido. Para a Abrace, ninguém deveria bancar os custos dos atrasos nas obras de transmissão ou construção do gasoduto Coari-Manaus, incluídos na CDE.
O consumidor está pagando até custos de obras investigadas
pela Lava Jato — disse o advogado da Abrace, Julião Coelho, sobre o gasoduto
com suspeita de superfaturamento.
Os aumentos de 2015 já somam 47%, incluindo a bandeira
vermelha cobrada pelo baixo nível de água nas hidrelétricas.
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