quarta-feira, 11 de maio de 2016

" Expectativa geral a partir do impeachment de Dilma. Presidente pode ficar afastada do cargo a partir desta sexta-feira!"

Expectativa geral a partir do impeachment de Dilma
Presidente do Senado, Renan Calheiros, durante a sessão que votou o processo de admissibilidade do impeachment.


                             Até o fechamento desta edição, o Senado Federal não havia encerrado a sessão sobre a admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), mas, pela votação, se tinha como definida a abertura do processo. Os próprios governistas já esperavam o resultado, principalmente, porque aguardavam que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, votasse favorável ao recurso para suspender a sessão de  e o resultado foi contrário.
                             A sessão entrou na madrugada de hoje e a expectativa que governistas e oposicionistas têm para os próximos 180 dias divergem. Para os senadores ligados ao governo, será um período de instabilidade, em função da “ilegitimidade” de um eventual Governo Temer que, segundo eles, colocaria em risco não só direitos dos trabalhadores, mas também as riquezas que o país poderia obter com o pré-sal.
                            Já os oposicionistas acreditam que serão dias melhores: um período de transição em que propostas discussões significativas ajudarão o Brasil a crescer, se desenvolver e criar mais empregos. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) prevê dias de instabilidade, caso Michel Temer (PMDB) assuma interinamente o governo do país. Lindbergh, no entanto, garante que os governistas “batalharão até o final”, mesmo após a admissibilidade ser aprovada. “Acho que um eventual governo Temer vai, inclusive, nos ajudar [politicamente], porque será um governo frágil, de crise, e com um presidente sem legitimidade, que vai tomar medidas que aumentarão a crise econômica, além de destruir o legado de Lula e de Getúlio Vargas”, disse, ao chegar para a sessão.
                             Segundo o senador, os próximos 180 dias serão um “período de muita instabilidade, porque Temer virá com várias medidas para retirar direitos dos trabalhadores”. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que o futuro imediato do país será ruim, porque decidido por um “tribunal de exceção, nascido da sede nacional do PSDB, um partido político que perdeu as eleições e que, pela peça do processo, pagou R$ 45 mil para desestabilizar o país”.

Expectativa geral a partir do impeachment de Dilma

“PAÍS ENTRARÁ EM PERÍODO DE SALVAÇÃO NACIONAL”

                             Por outro lado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apostou que o país entrará em um período de “salvação nacional”. Ele apontou como uma de suas grandes preocupações para os próximos 180 dias a oposição que será feita pelo PT. “Por um lado teremos o PT, que é o grande responsável por essa crise, tentando aprofundar ainda mais a crise. Ele voltará a ser o velho PT de antigamente, da política de terra arrasada e do quanto pior melhor, para que eles, nesse ambiente de caos econômico, possam sobreviver politicamente”.

                           “Do outro lado estaremos nós, os brasileiros desatrelados aos partidos políticos e desvinculados a qualquer governo, que querem o Brasil crescendo novamente e se desenvolvendo”, afirmou Cunha Lima. Em relação a um eventual governo Temer, o senador paraibano disse esperar que o futuro presidente tenha a sensibilidade de compreender a mensagem que veio das ruas: “o que a população brasileira deseja nesse instante é uma mudança real”.

                             Candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse esperar que “os próximos 180 dias sejam melhores do que os últimos 180 dias”. Em relação ao governo Temer, Aécio afirmou que caberá a ele o papel de ser um governo de transição. “Não pode ser visto como governo de um partido político, mas de coalizão em torno da qual deveremos nos esforçar para votar um conjunto de propostas, uma agenda corajosa e audaciosa de reformas estruturantes que permitam o resgate da credibilidade do país”, disse o senador tucano.

“A ECONOMIA DO PAÍS ESTÁ VIVENDO DE EXPECTATIVAS”

                            Na opinião de Aécio, o governo Dilma foi responsável por sucessivos erros de gestão pública. “Hoje [ontem] é o dia em que o Brasil tem possibilidade de se reencontrar com seu próprio futuro. O mais grave é que o governo do PT retirou dos brasileiros a capacidade de sonhar com um futuro melhor. É um dia histórico, porque o Congresso não vai apenas dizer não à Dilma ou ao governo do PT, mas de dizer sim à democracia e a um novo futuro dos brasileiros.”
                            O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) - presidente da comissão que aprovou o parecer favorável à admissibilidade da denúncia contra Dilma -, disse estar bastante otimista com o futuro do país. “Acho que vai melhorar, porque a economia vive de expectativas, e o novo governo vai trazer uma expectativa positiva. Aí, a crise política tende a amenizar, a ficar menor e com perspectiva de ser solucionada”, afirmou.
                           Também o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) se disse otimista. “Eu sou otimista. Acredito que neste momento o sentimento da sociedade é de dar apoio a um novo governo que chega com a pauta que foi produzida pelas ruas, porque os partidos foram caudatários de uma decisão que foi da sociedade brasileira, e como tal ele está alicerçado para fazer as mudanças que precisam ser feitas”.

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