Rodrigo Faour | Simone Marinho
Autor das biografias de Cauby Peixoto e Dolores
Duran,Rodrigo Faour reparou que “quem tem menos de 25 anos não
faz ideia da história da MPB”. Por isso, ele vai passar essa trajetória a limpo
no curso “Redescobrindo a Música Popular Brasileira”, na PUC, em setembro. O
pesquisador conversou com Guilherme Scarpa.
As pessoas andam desinteressadas pela MPB?
Quem tem menos de 25 anos não faz ideia da nossa história
musical, conhece mais as músicas internacionais ou, no máximo, o nosso pop anos
80. De novo, só sabem de funk, sertanejo universitário e pagode romântico. É
isso que dá dinheiro, né? Ainda vivemos resquícios do pós-axé.
Você condena esses ritmos?
Não. Mesmo o popularesco tem coisas boas. Gosto da Valesca, mas
diva, para mim, é quem tem voz: Maria Bethânia, Simone, Elis Regina.
Antigamente, era tudo mais plural, o rádio tinha AM e FM. Hoje é de chorar.
Todo mundo é artista, até eu posso fazer um disco em casa.
Que artistas novos destaca?
Chico Chico e Julia Vargas são a melhor coisa de 2015. E
Simone Mazzer também é maravilhosa.
Como vai ser o curso?
Será dividido em blocos. Vou falar de sensualidade, samba,
bossa nova, rock, modismos. Levarei vídeos e músicas. Quem vai na minha casa
sempre ouve alguma coisa nova ou velha (risos).