sexta-feira, 3 de novembro de 2017

"Ministro da Justiça afirma que batalhão da PM do Rio tem ligação com o narcotráfico!"

           

           Segundo Torquato Jardim, 'os comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio'

                      O ministro da Justiça, Torquato Jardim, declarou que o governado do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança do Estado, Roberto Sá, “não controlam a Polícia Militar” e que o comendo da PM no Rio se dá por meio de “acerto com deputado estadual e o crime organizado”. A afirmação do ministro foi publicada no Blog do Josias, do site Uol Notícias.
                      Segundo as informações, Torquato declararia-se convencido de que o assassinato do tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, que comandava o 3º Batalhão da PM carioca, no bairro do Méier, não foi resultado de um assalto. ”Esse coronel que foi executado ninguém me convence que não foi acerto de contas.” O ministro disse ainda que conversou sobre o assunto com o governador e o secretário de Segurança do Rio na última sexta-feira (27/10/2017), em Rio Branco (AC), em uma reunião com governadores de vários Estados.

“Eu cobrei do Roberto Sá e do Pezão, mas eles reiteraram que se tratou de um assalto. Ninguém assalta dando dezenas de tiros em cima de um coronel à paisana [em verdade, o oficial da PM estava fardado], num carro descaracterizado. O motorista era um sargento da confiança dele”, declarou o ministro.

                      Na avaliação de Torquato, está ocorrendo uma mudança no perfil do comando da criminalidade no Rio. “O que está acontecendo hoje é que a milícia está tomando conta do narcotráfico porque os principais chefões do tráfico estão trancafiados em presídios federais. E o crime organizado deixou de ser vertical. Passou a ser uma operação horizontal, muito mais difícil de controlar”, afirmou.
                       Torquato declarou ainda que a horizontalização do crime fez crescer o poder de capitães e tenentes da política. “Aí é onde os comandantes de batalhão passam a ter influência. Não tem um chefão para controlar. Cada um vai ficar dono do seu pedaço. Hoje, os comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio.”
                       O ministro diz acreditar que o socorro do governo federal ao Rio, envolvendo as Forças Armadas, a Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária, vai atenuar os problemas. Mas “a virada da curva ficará para 2019, com outro presidente e outro governador. Com o atual governo do Rio não será possível”.
                       O ministro relata: “Nós já tivemos conversas — ora eu sozinho, ora com o Raul Jungmann [ministro da Defesa] e o Sérgio Etchegoyen [chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência]—, conversas duríssimas com o secretário de Segurança do Estado e com governador. Não tem comando”, concluiu.

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