O presidente da república Jair Messias Bolsonaro (sem
partido) se comprometeu com a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ) a
visitar o município de Campos e região, a convite da deputada.
O convite foi feito pela deputada que esteve, junto com
outros parlamentares, no Palácio da Alvorada participando de um café da manhã
com o presidente da república, na manhã desta quarta-feira, 04/08/2021.
Clarissa Garotinho, no entanto, não divulgou a data da
visita.
“Fomos convidados pelo presidente da república para um café
da manhã onde conversamos sobre assuntos importantes para o Brasil e da nossa
democracia”, disse.
Segundo Clarissa, ela teve oportunidade de falar, também,
sobre o Estado do Rio de Janeiro. “Uma das medidas que o governo federal adotou
para o Rio de Janeiro, foi a flexibilização do nosso regime de recuperação
fiscal”, enfatizou.
Clarissa, também, manifestou sua opinião sobre o voto
impresso.
“Eu falei ao presidente da república, que sou favorável ao
voto impresso. E, é muito importante a gente falar sobre isso”, disse.
Segundo Clarissa Garotinho esta história do voto auditável
não deve ser tratado como uma situação de direita ou de esquerda.
“O voto impresso é muito mais do que isso. E, o que está em
jogo é o futuro de nossa democracia. É a soberania popular. Eu já defendo o
voto impresso há muito tempo, o voto que seja auditável”, disse.
Para Clarissa, é importante que a gente acabe com alguns
mitos que existem quando se fala sobre voto impresso.
“Tem muita gente espalhando por aí que se tiver voto
impresso o tráfico vai comprar votos, a milícia vai comprar votos, pois a
pessoa vai levar um comprovante para casa”, questionou.
No entanto, ela enfatizou que isso não vai acontecer.
“O que a gente está defendendo é um mecanismo de auditoria
onde você possa votar na urna eletrônica e quando você confirmar seu voto vai
sair um cupom que você vai conferir e depositar na urna física”, disse.
Para Clarissa, é muito estranho a gente se impedida de
defender um sistema que seja auditado.
“Eu queria dizer o seguinte: o voto eletrônico, a urna
eletrônica é usada em pouquíssimos países do mundo, principalmente numa eleição
presidencial. Eu pergunto, porque democracias muito mais consolidadas que a
nossa não tem seu voto totalmente eletrônico?
“Eu pergunto, porque países com tecnologia muito mais
avançada do que a nossa, também não tiveram o voto eletrônico? Precisamos parar
para refletir”, comenta.
Para Clarissa, numa democracia tem que se permitir ser
questionada, inclusive o seu sistema.
“O sistema eleitoral é questionado o tempo todo. Quantas
vezes já foram aprovadas mudanças. Praticamente em toda eleição temos reforma
política que nada mais é do que um questionamento ao sistema. O questionamento
é democracia. Então, porque não se pode questionar o voto eletrônico”, diz.
A deputada indagou: “Qual é o benefício de não se ter
auditoria na urna eletrônica? Alguns poderiam dizer que o benefício é o custo.
Realmente vai ficar um pouco mais caro, mais toda democracia no mundo inteiro
tem o seu custo”, revela.
“Mas quando eu pergunto qual o malefício de não se ter o
mecanismo de auditoria, a gente vai ver que o malefício é muito maior, porque o
que está em jogo é princípio básico de nossa constituição que é a vontade
popular, a sobernia popular”, diz.
“Não tem maior malefício do que a dúvida. Se a soberania
popular está sendo respeitada ou não. Eu não entendo porque tanta revolta
quando se questiona. A gente pode questionar qualquer coisa, inclusive o
sistema eleitoral. Essa é minha opinião”, concluiu a deputado federal Clarissa
Garotinho.
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