A Câmara de Campos dos Goytacazes aprovou na tarde dessa quarta-feira (11/11/2015),
com os votos contrários da oposição e abstenção dos “independentes”, as contas
da prefeita Rosinha Garotinho (PR) referentes ao ano de 2014. Os governistas se
basearam em um parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE),
aprovado no dia 15 de outubro.
A polêmica ficou por conta do vereador Marcão (PT), que
citou um parecer prévio do TCE, divulgado no dia 24 de agosto, que apontava
inúmeras irregularidades e sugeria a reprovação das contas. “O interessante é
que neste mesmo dia 24 de agosto, de acordo com nota publicada na imprensa, o
secretário de Governo Anthony Garotinho foi visto no TCE, usando o elevador
privativo dos desembargadores, e foi direto para a sala da presidência”. Segundo
Marcão, “depois desse cafezinho a posição do TCE mudou”.
Após Marcão comentar sobre o “cafezinho”, o vereador Mauro
Silva (PT do B), líder do governo na Câmara, ficou revoltado. “É um absurdo o
que estamos vendo aqui. Trata-se de uma acusação grave. O vereador está
colocando a decisão do TCE em suspeição. Afirma que após uma visita aquela
corte mudou o voto. Imunidade parlamentar não permite que o vereador jogue lama
nas pessoas. Isso precisa ser extraído e encaminhado ao TCE. E as conseqüências
serão graves”, disse Mauro.
Ao rebater o governista, Marcão listou motivos para reprovar
as contas. “Se acham que vão me intimidar estão muito enganados. São muitos
motivos para votar pela reprovação. O rombo sem explicação, as dívidas com os
hospitais contratualizados, a falta de repasse do Fundeb, o governo meteu a mão
nos recursos da Previcampos, vendeu os royalties, tem processo pelo uso da
máquina pública nas eleições, crianças passando fome nas escolas, servidores
públicos massacrados e uma prefeita cassada”, discursou o petista.
Na defesa do governo Rosinha, o vereador Abdu Neme (PR)
atacou a presidente Dilma Rousseff. “Isso daqui não é pedalada do governo
Dilma, que foi tomar cafezinho em Portugal”, comentou.
O vereador Rafael Diniz (PPS) diz que “o próprio governo
revela a sua incompetência”. “Eles dizem que os gastos com Saúde e Educação
ultrapassam o valor mínimo previsto pela Lei. Com isso, atestam a própria
incompetência. Tem muito dinheiro e a Saúde está caótica? Tem dinheiro e a
Educação rasteja nas últimas posições do Ideb?”, indagou.
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