manifestantes bloquearam acesso ao complexo e impediram
entrada dos demais funcionários.
A entrada do Complexo Portuário Industrial e Logístico do
Açu, em São João da Barra (SJB), no Norte Fluminense, foi fechada nesta
sexta-feira por dezenas de funcionários da empresa Engesique,
prestadora de serviços da Prumo Logística, controladora do porto. Os
trabalhadores, que operam em um dos terminais de movimentação de cargas,
começaram a protestar já nas primeiras horas da manhã, sob alegação de atraso
de salários referente ao mês de setembro. Após a manifestação, cerca de 60
funcionários continuaram de braços cruzados e conseguiram negociar com a
empresa, que prometeu, em acordo, efetuar o pagamento.
Um dos trabalhadores, que não quis se identificar, revelou
que a empresa se comprometeu a pagar na última quinta-feira (15/10/2015). “Como não
pagaram, paramos as atividades”, disse. Ele ainda esclareceu que, na ocaisão da
primeira promessa, a Engesique pediu que alguns contratados aguardassem em casa
até a quitação do débito.
Empresa prometeu pagar ainda nesta sexta.
Em nota, a Prumo Logística informou que o fechamento do
acesso ao Porto do Açu não causou relevante impacto na operação do complexo. A
Prumo acompanhou as negociações entre a Engesique, os trabalhadores e o
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sticoncimo-RJ).
No acordo, a Engesique se comprometeu a realizar os pagamentos em atraso ainda
nesta sexta-feira.
O presidente Sticoncimo, José Eulálio Maciel, confirmou que
a direção da Engesique esteve reunida com o jurídico do sindicato e se
comprometeu cessar o atraso até o último dia 15, o que não ocorreu. “Não sei o
total de funcionários que a empresa ainda não pagou, mas fomos informados que a
folha para efetuar o pagamento atrasado é de R$ 1,270 milhão”, comentou.
Eulálio esclareceu ainda ter acompanhado as primeiras horas
de manifesto e depois se retirou do local por entender que os operários agiram
de forma equivocada ao fechar a entrada do Porto do Açu. “Os trabalhadores
deste terminal, que estão com salários atrasados, têm todo o direito de se
manifestar, mas não podiam impedir a entrada de demais funcionários que estão
com salários em dia”, disse o sindicalista.
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